Apesar de não serem capazes de falar, os cães conseguem comunicar-se com os seres humanos de outras maneiras. As principais são as sinalizações corporais e as vocalizações (latidos, uivos, rosnadas etc). Estas são de grande auxílio para avaliar a saúde física e mental dos cães, assim como para notar se os mesmos estão ou não 100% felizes.
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Estando atento a alguns sinais bem claros é possível identificar certos desvios de comportamento que podem evidenciar a infelicidade do cão. Vejamos alguns dos sinais mais comuns:
1 – “FESTA” EXCESSIVA
Muitas vezes encarada como excesso de felicidade, a agitação característica dos cães quando chegamos em casa ou quando os chamamos para passear (também conhecida como “festa”), pode estar prejudicando a saúde do animal. Um cão muito agitado não é um cão feliz, é um cão ansioso.
A ansiedade pode trazer muitos malefícios ao seu cãozinho como: impaciência, inquietação, agonia, aflição, problemas respiratórios, depressão etc.
Para solucionar esse problema é preciso dar muita atividade física ao cão (passeios diários de no mínimo uma hora), impor disciplina de maneira calma e firme (sem punições) e dar carinho na hora certa.
O melhor momento para dar afeto ao cão é quando ele está calmo e equilibrado (reforço positivo). Se você o encher de mimos quando estiver muito agitado estará reforçando esse comportamento (reforço negativo). Ele vai pensar: “se eu fizer muita festa, vou ganhar carinho”. Portanto, tenha bom senso e dê carinho ao seu cão apenas nos momentos de tranquilidade.
2 – LATIDOS E UIVOS CONSTANTES
Muito comum nas cidades, os cães que latem e uivam o tempo todo não estão demonstrando sua felicidade. Muito pelo contrário. Esses animais quase sempre são cães frustrados, que não praticam atividade física suficiente para atender às suas necessidades biológicas básicas.
Quando não conseguem gastar o excesso de energia acumulada por meio de passeios e brincadeiras, os cães buscam outra maneira de fazê-lo. E aí começam os problemas: destruição de objetos, buracos abertos no quintal, ansiedade excessiva e os já citados latidos e uivos frequentes.
Fornecer bastante atividade física ao cão certamente ajudará a diminuir ou eliminar esse problema.
3 – LAMBER O FOCINHO
Pode parecer exagero, mas os cães que passam o tempo todo lambendo os próprios focinhos não estão nada bem.
Esse é um indicativo claro de que o animal está profundamente estressado. E como você deve saber, o estresse é algo muito sério, podendo levar a doenças graves como problemas cardíacos, hipertensão e depressão.
Um cão estressado possivelmente não está passeando com frequência, não é levado para explorar e farejar outros ambientes e não tem toda a atenção que necessita. Sendo assim, é preciso corrigir tudo isso para que o cão tenha uma vida mais saudável.
4 – COÇAR-SE SEM PARAR
Cães que que se coçam a todo instante talvez não estejam necessariamente com pulgas ou com uma infecção por fungos. Em grande parte dos casos, esse tipo de comportamento pode ser outro indicativo de que o cão apresenta ansiedade excessiva.
Assim como o excesso de “festa”, o hábito de coçar-se pode estar relacionado com a falta de atividade física e com o excesso de carinho nos momentos errados.
Dessa forma, caminhe mais com seu cão, imponha limites e mostre todo o seu afeto nos momentos certos.
5 – MEDO DE PESSOAS E OBJETOS
Um cão medroso é aquele que ao se deparar com outras pessoas ou determinados objetos e situações adota uma postura de medo. As sinalizações mais evidentes são as orelhas abaixadas, a cauda entre as pernas e a contração do corpo.
Muitas vezes o animal adota essa postura porque seus donos reforçam esse tipo de comportamento. Por exemplo: se um cão tem medo de carros, a pior coisa a se fazer é pegá-lo no colo e dar carinho e atenção nos momentos em que ele está amedrontado por ver um veículo. Novamente, ele vai pensar que ao ter essa postura você lhe dará muita atenção e afeto.
A melhor coisa a se fazer é não reforçar esse comportamento. Caso o cão adote uma postura amedrontada ao se deparar com algo, aja de modo muito calmo. Não lhe dê carinho ou fique falando com ele. Com o passar do tempo ele vai entender que não há motivo para ter medo e eliminará esse hábito.
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Um grande abraço e bons passeios! 🙂